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A coragem de dizer SIM nas empresas que inovam

Diretores da Accenture destacam a Atitude SIM como chave para a transformação cultural, engajamento e inovação sustentável nas organizações

O ser humano passa uma vida inteira ouvindo “não”:
“Não é para você.”
“Não pode fazer isso.”
“É melhor não arriscar.”
“Não é assim que as coisas são feitas aqui.”

O não é a alternativa segura, o território controlado. Representa a conformidade com o conhecido — a escolha previsível, o ponto final. Desde cedo, aprendemos a experimentar o mundo por meio do não. Ele não abre espaço para dúvida. É não, e ponto.

Nas organizações, o padrão segue o mesmo. Principalmente quando o assunto é mudança ou transformação, o “não” quase sempre aparece, resistindo a elas.

Dois exemplos ilustram bem esse comportamento. O primeiro vem de uma empresa do setor de energia que implementou um novo sistema. A mudança era necessária, mas o projeto não contou com o engajamento das pessoas, que não se sentiram envolvidas desde o início, não viram suas dores sendo ouvidas e temeram perder influência. O resultado: atrasos, questionamentos sem fundamento e discursos sem apropriação.

O segundo exemplo é o de uma empresa de cosméticos que, ao redesenhar seus processos, esbarrou na falta de clareza. Frases como “Ninguém falou comigo”, “Não estou sabendo” e “Será que vai trazer melhorias para a minha área?” se repetiam entre os colaboradores. O cenário só começou a mudar quando a líder da área se envolveu de forma genuína e passou a ser a porta-voz da transformação junto à equipe.

Essas histórias acontecem com frequência. É muito mais fácil dizer não ao desconhecido — o “não” é a zona de conforto. Já o sim dá trabalho, porque significa sair dela. E não há aprendizado ou evolução sem movimento.

A atitude que transforma: o poder do “sim”

Ao longo da nossa jornada profissional — e com base em mais de 40 anos de experiência da Accenture — identificamos que, por trás de toda transformação bem-sucedida, existe uma base cultural sólida. E, na raiz dessa cultura, está o “sim” que cada pessoa decide dizer quando a mudança se apresenta.

Chamamos isso de “Atitude SIM”, um diferencial que separa organizações que avançam com propósito daquelas que ficam estagnadas, mesmo com sistemas e processos modernos.

A “Atitude SIM” é composta por três elementos essenciais:

  • S — Superação do desconhecido: a disposição de enfrentar o novo com curiosidade e coragem;

  • I — Influência de pessoas: o poder de inspirar e engajar outros na jornada da mudança;

  • M — Motivação por resultados: o foco em gerar impacto positivo e sustentável.

Cultura como força estratégica

A cultura organizacional é apontada por líderes executivos como uma das três principais barreiras à realização da estratégia — ao lado de capital e tecnologia.
E isso não é por acaso.

Em um mundo onde o ritmo das transformações é cada vez mais acelerado, as organizações que cultivam a “Atitude SIM” — com lideranças que abraçam genuinamente a mudança e agem como exemplo — têm 70% mais chances de capturar benefícios duradouros e 80% mais probabilidade de concluir suas transformações dentro do prazo esperado.

Dizer sim é o primeiro passo para mudar a forma como fazemos as coisas e transformamos a cultura de uma empresa.

Mas é importante lembrar: sair da zona de conforto não significa saltar para o pânico. A mudança deve ser progressiva, construída em pequenos passos.

O poder dos pequenos “sims”

As grandes transformações nascem de uma sequência de pequenos “sims”. É um exercício diário — um comportamento aprendido, como no universo dos palhaços, que praticam o chamado modo-Sim: diante de qualquer situação, eles dizem “sim” e seguem em frente.

“Você pode apresentar a reunião como um tenor de ópera?”
Sim.
“Pode ir a um jantar de gala usando chinelos?”
Sim.

Essa prática simbólica nos ensina algo profundo: dizer sim é abrir espaço para novas perspectivas. É permitir-se experimentar, errar, ajustar e crescer.

“E se eu tentar essa nova ferramenta no trabalho?”
“E se, em vez de responder, eu escutar mais?”
“E se eu confiar que minha equipe vai fazer sua parte?”
“E se eu for o exemplo que quero ver na minha organização?”

Cada “sim” muda o comportamento — e, no longo prazo, muda a cultura.

Da crença à prática: como o “sim” cria transformação

Para mudar hábitos e comportamentos, é necessário trabalhar os mindsets que moldam nossas decisões. Um caminho eficaz é usar experimentos comportamentais e abordagens ágeis para impulsionar novas formas de pensar e agir.

A velha máxima diz: “O não a gente já tem.”
Então, que tal experimentar o sim e mover sua organização para um novo patamar de resultados?

Porque dizer sim é um ato de coragem — e coragem é o primeiro passo de toda transformação.